PPdQD - Plano PdQDesenvolvimento

Forno
Harmônico
Apresenta






  

PLANO
(DECENAL)
Pão de Queijo
DE
(DES)ENVOLVIMENTO
2012 a 2022

O Pão
A Comunhão
A colaboração
O Amor
O modus operandi
Da vida
é
O Pão...

(Pedro Lago)







Plano da Economia Criativa de São João del Rei – Minas Gerais



Toda vida merece
um livro
Em toda casa tem
um autor
Em cada canto
uma empresa
Em cada artista um
empreendedor

Todo artista merece
uma casa,
um livro,
uma cara

Onde possa expressar
Sua dor
Portanto
Pensar e Sentir...
Agir! Agora!

Pegue sua enxada, sua cara, sua caneta para
Seguir com essa
Gente
On the road



SUMÁRIO

1 Introdução

2 Primeiro desafio do Forno: colaborar com MinC na pactuação de um conceito
a. Arranjo Produtivo do Forno
b. A economia criativa: estimativas e tendências

3 Os (nossos próprios) Princípios Norteadores 
a. Diversidade Cultural: Vocações
b. Inovação: Novas mídias e redes
c. Inclusão Social: Geração de Emprego e Renda
d. Sustentabilidade: Riquezas Culturais e bens intangíveis

4 Os desafios do Forno Harmônico

5 A Pão de Queijo on The Road
a. Histórico
b. Visão
c. Missão, Princípios e Objetivos
d. Trupe (ou Equipe)

6 O plano
a. Conceito
b. Estrutura 

7 DUDA – Declaração Universal dos Direitos do Artista e Estatuto do Forno

8 Capítulo Infinito - Reflexões Colaborativas – 
Dez idéias sobre (Des)envolvimento... 


ANEXO I – Estrutura Organizacional e Competências

ANEXO II – Arranjo Produtivo do Forno





1 introdução

Apresentamos ao mundo, em especial aos mineiros e brasileiros, o Plano Pão de Queijo de Desenvolvimento, desenvolvido pelo IPdQp – Instituto Pão de Queijo de Pesquisas e Instância Interministerial de Assuntos Estratégic’os do Forno Harmônico,, baseado no Plano da Secretaria da Economia Criativa (2011-2014), nova pasta do MinC – Ministério da Cultura no Governo Dilma Rousseff. Esse plano deseja ser mais que papel definidor de ações no campo da cultura e economia criativa mineira. Ele simboliza um movimento do cidadão mineiro na redefinição do papel da cultura em nossa cidade, em nosso Estado, em nosso país e em nossas vidas.

O capitalismo e as grandes cidades vivem em um beco sem saída e as promessas do Estado e nossa Constituição fundamentada nos ideais da “liberdade, igualdade e fraternidade” demonstram-se vãs.

Como enfrentar o desencanto da juventude e a perda de nossos valores morais? Como enfrentar as dificuldades de inclusão no mercado de trabalho e reduzir as violências sociais e o analfabetismo cultural, moral, religioso, social?

A saída deste beco, sem dúvida, está no próprio beco. Isso fica ainda mais claro quando falamos de São João del Rei e seus becos, patrimônios da humanidade por seu valor histórico e cultural. 

O futuro de São João del Rei, assim como de diversas outras cidades em seu entorno, depende da CULTURA. Não sou eu quem o digo, e sim o pensador polaco Zygmunt Bauman, falando da Europa em Wroclaw no Congresso Europeu da Cultura. 

“O mundo está se transformando em um mosaico de diásporas, em um arquipélago de culturas que, enquanto produz riqueza, também pode criar uma falta de comunicação babélica. Precisamos investir em sistemas de tradução que permitam a criação de uma nova Alexandria.” – Elisabeth, ou El.bet.eth, como gosta de ser chamada, explicará melhor sobre este sistema bíblico de tradução em suas reflexões no cap.8

No mesmo Congresso, o advogado Philippe Kern alerta sobre “a necessidade de se pensar a cultura não como uma ilha autônoma dentro de um determinado marco social, mas de deslocá-la para o centro do discurso social e econômico da nova sociedade.”
Na metáfora de Kern, se nas sociedades industriais o petróleo foi considerado o grande recurso produtor de riqueza, nas sociedades contemporâneas a diversidade cultural passa a ser o recurso fundamental para o desenvolvimento.

Economia é cultura. Oikos = casa e nomia = cuidado. Cuidar da casa de maneira criativa, lapidando a nossa diversidade cultural é nosso recurso social, nosso capital produtor de solidariedade entre indivíduos (cidadãos culturais), comunidades, povos e países. A cultura é nosso ativo econômico capaz de construir alternativas e soluções para novos empreendimentos, para novos trabalhos, para novas formas de produção de riquezas. 

Assim seja. Na produção de vivências ou sobrevivências, a diversidade cultural é o “cimento” que criará e consolidará, ao longo deste século, uma nova economia.

Só assim construiremos uma cidade, um estado e um país sem miséria!

A (rede) Forno Harmônico – “AMA-a HumuS”

O Forno Harmônico é a re-união de mineiros e pessoas de todos os estados do Brasil, da América Latina, da África, do mundo, de Israel, e também da Palestina que buscam alternativas para paz através do reposicionamento da Cultura como vetor do Desenvolvimento Econômico e Humano, isto é: da Paz, da Abundância, da Prosperidade e da Arte e da Diversidade como recurso fundamental e matéria prima renovável de uma nova Oikonomia Criativa!

O Forno possui um Centro de Compreensão Cultural situado nas montanhas de Carrancas-MG; e uma unidade de negócios em São João del Rei, a Casa da Vovó Leléa – e sede do Forno Harmônico

Por meio de nossas pesquisas, desenvolvemos projetos, relatórios, índices e indicadores para ajudar o MinC – Ministério da Cultura na pactuação de um conceito para a Economia Criativa e no alcance dos objetivos do PNC – Plano Nacional de Cultura. Você conhece o IPqD – Índice Pão de Queijo de Desenvolvimento?











2 Primeiro desafio do Forno: 
colaborar com MinC na pactuação de um conceito

a. Arranjo Produtivo do Forno
b. A economia criativa: estimativas e tendências

A primeira etapa, a mais difícil do plano, trata-se da própria definição do Plano. Nisso, fomos muito auxiliados pelo Plano da Secretaria da Economia Criativa. Assim, partimos de conceitos que nos servem como ponto de partida e fio condutor da elaboração deste Plano Municipal de Economia Criativa de São João del Povo, digo, Rei. 

Decerto que a vagueza e ambigüidade da palavra Criativa nos traz ruídos em nosso planejamento, mas temos certeza que a abrangência e intersetorialidade combinadas com a característica local do plano vai dar a qualquer cidadão uma visão sistêmica da cultura em nossa cidade. 

A principal e paradoxal idéia deste Plano, assim como o da SEC, é definir escopos das atividades criativas sem reproduzir conceitos de outros países, com realidades políticas, econômicas, culturais e sociais divergentes de São João del Rei. Nossa compreensão de Oikonomia Criativa definitivamente não se submete ao significado moderno de “indústrias culturais”. Pelo contrário, o grande desafio intelectual e político para a construção de um Plano de Economia Criativa é retomar o papel da Cultura na formulação de políticas públicas. Para o DESENVOLVIMENTO.

Por isso, nossa primeira tarefa, foi a de pactuar, a partir dos fundamentos da SEC, nossos próprios princípios norteadores:

Diversidade Cultural: Vocações
Inovação: Novas mídias e novas redes
Inclusão Social: Geração de Emprego e Renda Criativa
Sustentabilidade: Riqueza Cultural / Capital Humano - nova visão e lapidação de nossas vocações e novos usos de nossas mídias e redes para Geração de Emprego e Renda

a. Arranjo Produtivo do Forno (veja e entenda mais)

A principal bandeira da trupe, a Profissionalização do Artista, não quer dizer, de maneira alguma, “profissionalizar a arte”. NÃO! Queremos profissionalizar o Artista. Ok? 
A arte é a religião do artista. Seria como querer criar uma Associação Universal dos Adoradores de Deus. “- Meu Deus, não é que já criaram!“ Voltemos ao assunto:

Profissionalizar o artista significa darmos a ele condições de ver sua atividade de maneira integral e poder pensar em alternativas para sobreviver dela. Saber que seu produto cultural, gerado por suas mãos ou seu violão, passará da criação, para a produção. Da produção para a difusão. E da difusão para a fruição. Criação, produção, distribuição e consumo. Saber disso não vai sabotar a criatividade de nenhum artista nem diminuir a conexão de um criativo com seu Poder Superior, vai?
Despertar a condição de artista, de criador, de cidadão em cada ser humano significa dar mais qualidade de VIDA ao cidadão.

b. Estimativas e tendências

Os dados estatísticos acerca do tema são escassos, e em geral, os poucos estudos existentes adotam metodologias díspares. Isso decorre da inexistência de uma conta específica no IBGE (conta satélite da cultura); e da ausência de diretrizes relativas à uniformização e enquadramento das atividades econômicas e da força de trabalho criativas. Os dados aqui apresentados foram estimados a partir de estudos da FIRJAN (Federação Indústrias do Rio de Janeiro, 2008) e pela Conferência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD, 2010). 

SETORES CRIATIVOS NO BRASIL

Descrição Dado Análise
Contribuição ao PIB no Brasil R$ 104,37 bi
(2,84% PIB) Setores de grande dinamismo econômico cuja participação no PIB supera alguns subsetores tradicionais como a indústria extrativa (R$ 78,7 bi) e a produção e distribuição de eletricidade, água, esgoto e limpeza urbana (R$ 103,24 bi)
Crescimento anual do setor criativo nos últimos 5 anos 6,13% a.a. Há uma tendência do núcleo destes setores ganhar robustez econômica no PIB com possibilidades reais de ampliar futuramente sua participação. O crescimento médio do núcleo dos setores criativos foi superior ao crecimento médio anual do PIB brasileiro (4,3%)

Contudo, não representam a real dimensão e importância dos setores criativos pelos mesmos problemas expostos; além de que boa parte da produção e circulação doméstica de bens não é incorporada aos relatórios estatísticos.

Em parceria com o MinC, desenvolvemos o IPqD – Índice Pão de Queijo de Desenvolvimento, para colaborarmos no desafio da pactuação de conceitos, marcos legais, índices e indicadores locais-globais, que possam ser multiplicados pela Secretaria de Cultura de Minas Gerais, no âmbito estadual; e pelo Ministério da Cultura e Secretaria da Economia Criativa no âmbito federal. 
Em nossa missão, consta que liderar é servir. É nesse intuito que fornecemos à ONU - Organização das Nações Unidas, ao PNUD – Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento nosso Plano, Estatuto - diretrizes e ações. 
Estamos certos que o espírito mineiro de liderança servidora somada a nossa diversidade e criatividade brasileiras podem servir ao mundo criando uma nova forma!

Notas importantes:

EMPREGOS
Para cada emprego gerado no núcleo criativo, há um efeito multiplicador para 4 outros empregos em segmentos relacionados ao setor. Este efeito poderia ser ainda maior, considerando que o setor informal não entra no cômputo
A renda média dos trabalhadores formais do núcleo criativo é 44% superior a media da renda dos trabalhadores formais no Brasil

EMPRESAS
O núcleo dos setores criativos, com 63.373 empresas, corresponde a 1,86% do total de 3.403.448 empreendimentos no país
Prevalecem empreendimentos de pequeno porte e o apoio de instituições como o Sebrae é de grande importância para seu desenvolvimento

EXPORTAÇÕES
Ainda há grande espaço para o Brasil ampliar suas exportações (US$ 1,222 mi) de bens criativos para o mundo. Segundo a UNCTAD as exportações brasileiras representam apenas 0,30% do valor global exportado pelo resto do mundo (US$ 406,992 bilhões)
O mesmo acontece para exportações de serviços criativos para o resto do mundo. Segundo a UNCTAD, as exportações brasileiras (US$ 6.331 mi) representam apenas 3,42% do valor global exportado (U$$ 185 bi)





3 Os nossos próprios 
Princípios Norteadores 

a. Diversidade Cultural: Vocações

É vista por muitos estudiosos como o recurso chave para o desenvolvimento da nova economia que surge neste século. São João del Rei é uma cidade de inúmeras vocações e seu povo e território reconhecidos por sua diversidade e riqueza cultural. Um rápido olhar para o Arranjo Produtivo que acompanha este Plano atesta tal constatação.

b. Inovação: Novas mídias e redes

O infinito universo dos teras, gigas, megas, bytes e bits tangibiliza e potencializa outro infinito: as infinitas formas do ser humano de compartilhar conhecimento e de sobreviver em redes. É através dessa rede, utilizando os recursos que a tecnologia nos oferece, que buscamos potencializar um terceiro infinito: os nossos capitais intangíveis e nossos recursos culturais renováveis, nosso conhecimento que se multiplica com o uso.

c. Inclusão Social: Geração de Emprego e Renda Criativa

Através da cooperação, novas mídias e redes são criadas na velocidade da internet, formando um emaranhado de cidadãos-culturais organizados para a produção, distribuição e fruição de bens, produtos e processos culturais. Estudos aqui abordados nos apontam dados interessantes, que tornam esse caminho ainda mais lógico e estratégico: a cada emprego gerado no núcleo dos setores criativos, 4 empregos são gerados nos setores relacionados. A média salarial dos trabalhadores formais nos setores criativos é 44% superior à média salarial do brasileiro.

d. Sustentabilidade: Riqueza Cultural, Capital Humano, Vivências e Sobrevivência

Trata-se de uma nova forma. Um novo sistema; não se trata de ajustes ao velho sistema. Uma nova visão e novo modus operandi, a lapidação de nossas vocações e recursos renováveis; não se trata de exploração e mercantilização da Arte, nem da existência humana, abominamos e denunciamos a exploração do homem pelo homem. Cremos na profissionalização do artista (e não da Arte) como forma de desenvolvimento econômico e humano de nossa sociedade. Um novo uso de nossas mídias e redes para geração de emprego e renda a partir de nossas habilidades, virtudes, dons e vocações!



4 Os desafios do Forno Harmônico

1º Desafio: Levantar Informações e dados da Economia Criativa
Atualmente os dados levantados são insuficientes no sentido de permitir compreensão ampla de suas características e potencial. A maior parte das pesquisas é pontual e localizada impedindo uma análise aprofundada de impacto dos setores criativos na economia. Apesar da existência de indicadores, a ausência de pesquisas que contemplem de modo amplo os diversos setores impede que haja conhecimento e reconhecimento de vocações e oportunidades a serem reforçadas e estimuladas por meio de políticas públicas.

2º Desafio: Articulação e estímulo ao fomento de empreendimentos criativos
Assim como qualquer empreendimento, os criativos necessitam de recursos financeiros para consecução dos seus objetivos. Apesar da função inquestionável dos editais públicos de fomento, sabe-se que os mesmos representam uma única face do investimento em cultura que pode e deve ser ampliado no país. Empréstimos concedidos pelas agências de desenvolvimento e fomento e pelos bancos públicos e privados se constituem basicamente por tomadores de crédito atuantes em setores tradicionais. 
A dificuldade dos empreendimentos criativos para a oferta de garantias na obtenção de crédito é clara. Como aportar garantia por meio de ativos intangíveis? Some-se o despreparo dos bancos em se relacionar com formatos de negócios bastante diferentes do que se está acostumado. As dificuldades vão da incompreensão dos tempos e dinâmicas destes empreendimentos, para definição de prazos e carências; até uma incompreensão de códigos sociais e culturais dos agentes econômicos atuantes nestes setores. Há também, do ponto de vista dos empreendimentos e profissionais criativos, uma não afeição ou despreparo para tratar de tais assuntos.

3º Desafio: Educação para competência criativa
A construção de competências vai muito além da difusão de conteúdos técnicos, mas envolve um olhar múltiplo e transdiciplinar que integra sensibilidade e técnica, atitudes e posturas empreendedoras, habilidades sociais e de comunicação, compreensão de dinâmicas socioculturais e de mercado, análise política e capacidade de articulação.
Este profissional, com este tipo de formação, ainda é pouco encontrado no país. Artistas carecem de conhecimentos da dinâmica e dos fluxos dos mercados criativos. Por outro lado, poucos profissionais das diversas cadeias produtivas se encontram qualificados para se relacionar com os setores criativos.








4º Desafio: Infraestrutura do ciclo produtivo dos setores criativos
É impossível pensar em políticas publicas padronizadas quando é evidente a existência de uma diversidade de praticas culturais, processos e tecnologias. Analisando as etapas do ciclo produtivo (criação, produção, distribuição e consumo) percebemos os diferentes contextos e níveis de desenvolvimento. Se para o artesão a infraestrutura necessária para a distribuição está diretamente relacionada à logística de transporte para a participação em feiras; para o mercado de jogos eletrônicos, a velocidade de conexão da banda larga impacta diretamente a agilidade e eficiência do processo de distribuição online. Assim, o desafio é construir políticas públicas para nossa cidade que se adequem a essas diferentes realidades e necessidades. Historicamente, o fomento tem privilegiado a etapa produção, colocando em segundo plano o fomento à circulação/distribuição, considerado principal gargalo do mercado de bens e serviços criativos.

5º Desafio: Colaboração na Criação/Adequação de Marcos Legais
É evidente a ausência de marcos legais tributários, previdenciários, trabalhistas e de propriedade intelectual que atendam às especificidades dos empreendimentos criativos brasileiros. O que dizer então sobre os marcos legais de nossa cidade, que ensaia para 2013 a criação de um Sistema Municipal de Cultura. (projeto sancionado em 18/10/2012).
O não reconhecimento de determinadas atividades como profissões impede o trabalhador criativo a ter acesso a benefícios e direitos. Temas como flexibilização da propriedade intelectual e de regulação do direito de uso de bens e serviços criativos ainda causam polêmica em função de sua complexidade.
É necessário, portanto, estabelecer diálogo e pautar nossas discussões no sentido de avançar e promover um arcabouço jurídico favorável ao desenvolvimento dos setores criativos.














5 A Pão de Queijo on the Road

a) Histórico

Em meados de 2009, quando Pedro Lago resolve mostrar a seu amigo de infância, Daniel Machado, uma nova composição, na garagem onde cresceram nasceu a banda Pão de Queijo on the Road. De lá pra cá, Pedro e Daniel vem aprimorando seus arranjos e espetáculo teatral e conceberam uma idéia de Festival Sustentável de Produção e Fruição de Riquezas Culturais, batizado de FiiiCAlegre – Festival Itinerante Inflável de Integração das Culturas da Arte e da Alegria! Após a aprovação do projeto, sentindo a necessidade de tornarem-se parceiros efetivos do Governo Federal na construção de políticas públicas e de uma nova visão de desenvolvimento criaram o Forno Harmônico. 

b) Visão

Banda mineira propõe um novo olhar sobre a cultura e a música com um estilo musical sem fronteiras, pré-concepções ou preconceitos. Os ritmos e influências são mineiros, brasileiros e internacionais. Baião, jazz, blues, reggae, rock, samba, um espetáculo musical eclético, crítico, profundo, simples e sincero. Inovações e experimentações de um grupo de amigos amantes da música, das suas músicas e do ideal de estar juntos e apresentá-las ao mundo. Tornando-se, assim, símbolo da música e arte feita em Minas Gerais, o espetáculo discorre sobre as dificuldades e as delícias da vida de quem decide viver da ARTE - de viver, de improvisar, trabalhar e compartilhar o Pão.
Pedro e Daniel formam sua trupe ao longo da estrada, on the Road, colaborativamente através da plataforma de crowd, Craudio-tudo.
O FiiiCAlegre busca gerar, produzir, divulgar e distribuir as riquezas culturais de nosso Estado através desta plataforma de colaboração digital.


“Tinha um pão de queijo no meio da estrada
No meio da estrada tinha um pão de queijo
Nunca me esquecerei desse acontecimento
Na vida de meus ouvidos tão fatigados
Nunca me esquecerei que no meio da estrada 
tinha um pão de queijo
tinha um pão de queijo no meio da estrada
no meio da estrada tinha um pão de queijo.”

Em homenagem à Carlos Drummond de Andrade e Celso Furtado 




c) Missão, Princípios e Objetivos


1. PAZ: entre integrantes, colaboradores, equipe e patrocinadores
2. AMOR: ao próximo como a ti mesmo, ao projeto e seus objetivos, à arte e à música, A seu DEUS sobre todas as COISAS.
3. JUSTIÇA: nosso Festival visa a justiça divina da justa remuneração do homem pelo seu trabalho.
4. PROFISSIONALISMO: para ser uma grande banda é preciso ser uma grande banda desde pequena: músicos entrosados, repertório rico e muito ensaio.
5. DESAPEGO: ao dinheiro, aos bens materiais, ao velho EU. Requisito e fundamento principal de uma equipe de fins públicos, cujo principal objetivo é tangibilizar a  intangibilidade dos valores dos capitais humano, afetivo, criativo, cultural. 
6. CO-CRIAÇÃO e CO-LABORAÇÃO: trabalhar junto para nossa evolução.
7. EVOLUÇÃO: princípio, premissa e propósito comum da equipe e da humanidade.

8. Re-significar o termo e o símbolo “Pão de Queijo” 

9. Transformar o “Pão de Queijo” em sinônimo de Cultura e Arte feita em Minas, torna-lo símbolo da arte e, principalmente, da música feita em nossas montanhas e garagens
10. Dar imagem (ou imagens) ao símbolo já simpático e querido do mineiro
11. Estimular a profissionalização do artista, do gestor e do produtor cultural
12. Estimular habilidades, talentos, virtudes e dons através da capacitação do cidadão como um profissional da arte
13. Criar novas perspectivas de renda (e de vida) e resgatar os direitos do cidadão cultural
14. Capacitar os integrantes para capacitar outros artistas
15. Apoiar a gravação, produção e fruição dos trabalhos de artistas populares
16. Contestar sensos comuns, Quebrar velhos preconceitos, Criar novos paradigmas
17. Desenvolver modelo de festival sustentável, via nova (plata)forma, FiiiCAlegre!
18. Identificar “conhecidencias” e articular rede de colaboração 
a. PdQ (banda), 
b. Forno (pessoas), 
c. Universidades Federais (professores e alunos), 
d. Mídias, 
e. Poder Público, 
f. Terceiro Setor  e 
g. Empresas Privadas
19. Promover a arte e a criatividade como vetores do desenvolvimento econômico, humano e a preservação da natureza
20. Elaborar pesquisa IPqD – Índice Pão de Queijo de Desenvolvimento nas cidades por onde passar o FiiiCAlegre
a. Valorizar e fortalecer a participação cidadã na gestão (pública e de sua própria vida)
b. Construir conhecimento colaborativo através da inovação (também produtos e processos)
c. Instituir rede estratégica de compartilhamento de saberes, experiencias e sonhos





6          O plano

a) Conceitos

Considerando que...

A Declaração Universal dos Direitos Humanos e a Constituição Brasileira de 1988 tratam do direito ao Desenvolvimento como um direito fundamental, e ambas reconhecem
a dignidade inerente a todos os membros da família humana e seus direitos iguais e inalienáveis como fundamentos da liberdade, justiça e paz;
Deduzimos que a Cultura é um direito fundamental, assim como a prosperidade e a dignidade da pessoa humana; e não ornato, mero acessório em nossas vidas.
Constatamos que essas garantias jurídicas não impediram a decadência dos modelos de desenvolvimento focados na mera acumulação de riqueza e de crescimento do PIB, cujos resultados só reforçaram o abismo entre ricos e pobres.
O Plano Pão de Queijo de Desenvolvimento assume no Governo Federal o desafio de colaborar na construção de uma nova alternativa de desenvolvimento, fundamentada na diversidade cultural, na inclusão social, na inovação e na sustentabilidade.
Fruto de uma ação integrada entre o Forno Harmônico, Ministério da Cultura e os diversos parceiros públicos e privados, o Plano tem a finalidade de formular, implementar e monitorar as políticas publicas para um novo desenvolvimento, fundamentado no estímulo à criatividade dos empreendedores brasileiros, assim como na inovação de seus empreendimentos


b) Estrutura, metodologias e elaboração

O Plano Pão de Queijo de Desenvolvimento, foi elaborado nos encontros promovidos de 12 a 18 de novembro de 2012 durante a Semana Global do Empreendedorismo, em reuniões com especialistas, parceiros institucionais, trabalhadores e cidadãos comuns-culturais da cidade de São João del Rei-MG

Durante essa semana fizemos o levantamento das vocações e da história do desenvolvimento econômico e cultural da cidade. Um empresário do setor alimentício, José Cleto, colaborou com sua visão empreendedora e nos ajudou a dividir nosso Plano em Metas e Objetivos; Locais, Regionais, Federais, Globais; pessoais e  comunitárias. E disse crer que o projeto é a visão e o olhar que faltava a cidade, que desde 1960 procura trazer desenvolvimento na sua visão mais industrial e tradicional o possível. Olhar para as vocações de São João del Rei e suas riquezas culturais, pensar em um pólo industrial criativo e pensar no futuro: em um cidade de vocação, em um território criativo, o povo é rico e próspero a partir do uso de seus dons  abundantes e renováveis. Celso nos diria: “o processo que chamamos de desenvolvimento adquire certa nitidez quando o relacionamos com a idéia de criatividade.”





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